01 de February de 2022
No final de 2021, conversamos com a Eluminer Andrea Ferreira dos Santos, que trabalha com BI há mais de 25 anos e falou da sua experiência com a área de inteligência nas empresas:
“Antigamente, nós trabalhávamos basicamente para construir boards e apresentar os PKIs conforme determinação das diretorias das áreas dentro das empresas. Tudo ficava no plano estratégico. Hoje, temos na área operacional um importante cliente. Enquanto a gestão aponta os caminhos, define cenários e estratégias, a equipe operacional trabalha com as nossas informações no detalhe, conseguindo gerar mudanças rápidas e importantes para o negócio. Ou seja, podemos criar e distribuir para os usuários relatórios com informações relevantes e, sobretudo, de forma ordenada.
Hoje, com o forte avanço do Data Analystics (Data Mining , Análise Preditiva, Big Data, Machine Learning, Deep Learning, Inteligência Artificial e Data Science), o BI é essencial para tomadas de decisões nas empresas.
Estamos evoluindo muito com Big Data, que não é apenas uma ferramenta de volume de dados, mas um mecanismo estratégico de análise de dados. Isso porque, ao coletar, organizar e permitir a interpretação dos dados obtidos, abre espaço para a geração de importantes insights sobre questões variadas.”
Engenheira química formada pela Rural do Rio, com mestrado em engenharia metalúrgica pela UFRJ, pós em Gerência e Analise de Sistemas e vários cursos de extensão como Levantamento de Requisitos, Comunicação do Requisito e gerência de Negocio na PUC-Rio, Andrea está terminando a pós em BI Master com foco em Ciências de Dados utilizando a Análise de dados do tipo Preditiva, como umas das técnicas de Inteligência Artificial, também na PUC-Rio. Em uma conversa descontraída, falou da sua trajetória e de diversos pontos interessantes sobre o suporte da tecnologia para as áreas de operações e gestão das empresas.
Como você define BI?
“BI é um processo que nos permite conectar com todas as informações de uma empresa e encontrar padrões de comportamento em séries históricas, sempre com o objetivo de alavancar negócios e projetar cenários futuros”.
O que realmente determina o sucesso de um projeto de BI?
“As pessoas normalmente se concentram muito na tecnologia, nas ferramentas. Lidando com clientes, logo no início, eu percebi que o levantamento de requisitos, a conversa, a sensibilidade, o entendimento da realidade e das necessidades eram atividades fundamentais, talvez até mais importantes que as ligadas ao desenvolvimento propriamente dito. BI é um processo de atividades que são utilizadas para podermos apresentar o resultado para o Cliente – por isso, a comunicação é tão importante. Fiz vários cursos e isso fez toda a diferença na minha trajetória”.
Por falar em sensibilidade, o fato de ser mulher muda algo?
“Na minha opinião, sim! Nós temos uma sensibilidade diferente, uma escuta e capacidade bem desenvolvida de percepção de sinais, mesmo os mais sutis. Isso não quer dizer que homens não sejam bons no levantamento de requisitos e Análise de Negócios. É só que, de um modo geral, nós vamos por caminhos diferentes. O meu é centrado na comunicação, nas pessoas, que me auxiliam em muito na análise de dados e a obter os resultados para as áreas”.
Quais são os usos de BI Big Data?
“Com a granularidade que nós conseguimos alcançar durante as etapas de análises, os seus usos são praticamente infinitos: desde as tradicionais análises de crédito e de reconhecimento facial, que estão muito avançados com BIG DATA, até a gestão de pessoas, dentro das empresas, e relacionamento com os clientes – quem são, o que fazem, como se comportam e o que sentem clientes que estão satisfeitos com a empresa? E os que estão insatisfeitos?
Com BI, utilizando o Data Mining para extrair o máximo de informações do Cliente, conseguimos analisar a fundo o que está por trás de comportamentos e declarações, como as geradas pesquisas de NPS (Net Promoter Score), que indicam satisfação com a empresa e uma futura predisposição de indicação da empresa a terceiros. Temos muitos outros pontos que podemos explorar com Machine Learning, Deep Learning, Rede Neurais e Algoritmos Genéticos”.
Você vê oportunidades do BI ser usado junto com métodos ágeis de desenvolvimento de projetos?
“Adoraria! A questão é que temos um desafio grande de parametrização. Cada empresa tem uma realidade diferente, que muda com o tempo. É difícil determinar precisamente o processo de uma carga para garantir que caiba dentro de um sprint (normalmente, com duração de 15 dias).
Hoje, nos projetos pequenos conseguimos estimar por sprint os ETL’s cuja bases já sejam conhecidas e tenhamos poucos dados para trazer para a análise “.