Arquitetura da Informação também é cultura



02 de May de 2018

Assim como acontece com os arquitetos de obras, os profissionais de arquitetura da informação também estão focados na criação de ambientes que reflitam a cultura e os hábitos dos clientes e que possam ser adaptados ao longo do tempo. Para dar dicas sobre esse assunto, entrevistamos Eduardo Alves, profissional Elumini desde 2007, hoje a frente da Fábrica Elumini para a Duosystem, na filial São Paulo.

Conte um pouco da sua trajetória na Elumini:
Vim para Elumini movido pelo desejo de atuar mais fortemente na área de Arquitetura. Meu primeiro projeto já se revelou um desafio: o arquiteto responsável saiu duas semanas depois da minha entrada e fui forçado a cobrir um gap de conhecimento de uma hora pra outra. De lá até hoje, foram muitos desafios, culminando na minha atuação como arquiteto, por 5 anos, na área de Infraestrutura da Bolsa de Valores (B3).

Quais os elementos mais importantes da arquitetura de software na sua visão?
O que eu mais prezo é a padronização de uma visão de solução para problemas, sejam eles simples ou complexos. Uma boa solução de arquitetura independe da tecnologia escolhida, sendo portável dentro do contexto heterogêneo de TI, em que clientes dispõem de múltiplas plataformas e linguagens de programação.

Onde os clientes encontram mais valor na arquitetura de software?Na possibilidade de terem um resultado mais assertivo, no aspecto técnico, mas, principalmente, nas expectativas da visão de negócio.

Quais os obstáculos mais comuns nos clientes?A falta de uma cultura clara é sempre um obstáculo na construção das soluções. Precisamos levar em conta a familiaridade dos usuários com a tecnologia, a experiência nessa interação e como ela vai evoluir ao longo do tempo.  Sem a definição desse contexto cultural, fica difícil.

Problemas de escopo do projeto relacionados a requisitos arquiteturais também são comuns. Já encontrei exigências de tecnologias que não ofereciam o suporte necessário, forçando a migrar para uma versão mais atualizada ou até adotar uma nova, elevando prazo e custo dos projetos.

Que conselho você daria aos desenvolvedores em relação à arquitetura de software?
Serem atentos à exigência do negócio. Eu pratico que nenhuma Arquitetura/Tecnologia está acima do Negócio. Pelo contrário, a Arquitetura/Tecnologia visa dar suporte ao Negócio. No papel de arquiteto, sempre considero alguns requisitos: a maturidade da tecnologia proposta; portabilidade e distribuição; o mercado de trabalho e a praticidade das fontes de referência para mitigar possíveis problemas.

Como você enxerga o futuro da arquitetura de software?
Alinhado às demandas de evolução de TI: soluções envolvendo Cloud, mobilidade e automação… Mas no fundo, o que todo cliente quer é uma solução funcional com o menor custo possível. Por isso, recomendo que os profissionais da área fiquem “antenados” com o que há de novo e as tendências. Particularmente, me proponho a semanalmente me atualizar com leituras de newsletters, como o do InfoQ.com.

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